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terça-feira, 26 de março de 2013

PM atira balas de borracha em ação de reintegração de posse em SP





Moradores protestam na desocupação no Pinheirinho 2, em São Paulo17 fotos

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Moradora chora durante protesto na ocupação Pinheirinho 2, na avenida Bento Guelf, em Iguatemi, zona leste de São Paulo, na manhã desta terça-feira (26). A polícia está no local para cumprir ordem de reintegração de posse. Segundo a liderança da ocupação, vivem na área mais de 700 famílias (2.100 pessoas, entre elas cerca de 600 crianças) Leia mais Leonardo Soares/UOL
Soldados da Polícia Militar iniciaram por volta das 9h40 desta terça-feira (26) uma ação para reintegração de posse de um terreno no bairro do Iguatemi, zona leste de São Paulo. 
O local, chamado de Pinheirinho 2 pelos moradores, era ocupado por 700 famílias, segundo a liderança da ocupação.
Cerca de 30 homens da Tropa de Choque da PM dispararam balas de borracha e bombas de efeito moral e avançaram em direção à população que resistia à desocupação. Os tiros foram efetuados contra moradores que faziam um cordão de isolamento. Os sem-teto revidaram atirando pedras. 
Após os disparos, houve correria e as pessoas se dispersaram pelo terreno e pelas ruas da região. Muitos moradores eram vistos transportando pertences, como televisão e outros eletro-domésticos. Bombas de efeito moral lançadas pela polícia chegaram a cair próximo a carros e ônibus que passavam pelo local. 
Segundo Benedito Roberto Barbosa, representante da Central de Movimentos Populares que presenciou a ação da polícia, os moradores estão agora retirando seus pertences das casas, mas muitos não tem para onde ir. Ele diz que os moradores solicitam ação emergencial da prefeitura para providenciar abrigo, mas que não há nenhum agente social no local. 

SAIBA MAIS: DESOCUPAÇÃO DO PINHEIRINHO, EM SÃO J. DOS CAMPOS

  • Nilton Cardin/AE/AE
    No dia 22 de janeiro de 2012, a Polícia Militar de São Paulo entrou no terreno conhecido como Pinheirinho, em São José dos Campos, interior de São Paulo, para cumprir o mandado de reintegração de posse da área, que pertence à massa falida da empresa Selecta, do grupo do empresário Naji Nahas. O terreno de 1,3 milhão de metros quadrados, ocupado desde 2004, abrigava cerca de 9.000 pessoas.
No terreno de 130 mil metros quadrados ocupado desde maio de 2012, foram construídas cerca de 800 casas de alvenaria pelos sem-teto. Tratores e outras máquinas estão no local para serem usados na demolição das moradias. 
A PM não divulgou o número total de policiais que participam da ação. Os moradores montaram uma barreira em uma das entradas do local e diziam que iriam resistir a qualquer tentativa de retirada à força pela polícia.
De acordo com o coordenador da ocupação, Jean Carlos da Silva, o advogado dos sem-teto negociava o adiamento da reintegração alegando que o proprietário não tinha oferecido todos os meios para a saída dos moradores, como banheiro químico, caminhões para o transporte de móveis e alojamento.
O proprietário teria cumprido as exigências durante as negociações, levando os oficiais de Justiça que estão no local a autorizar a desocupação.  
O batalhão da PM conta com o apoio da Tropa de Choque, Força Tática, policiamento aéreo, policiamento de trânsito, bombeiros e GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Os sem-teto reivindicam a inclusão em programas de moradia da prefeitura.
Após a realização de uma audiência no fórum de Itaquera nesta segunda (25), o juiz da 4ª Vara Cível de Itaquera decidiu manter a liminar que determina a reintegração de posse.
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Relembre a desocupação do Pinheirinho, em 2012188 fotos

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10.fev.2012 - Cerca de 400 pessoas desalojadas no processo de reintegração de posse na comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), permanecem abrigadas no Ginásio Poliesportivo do Jardim Vale do Sol. As famílias reclamam das condições dos abrigos e da dificuldade em se conseguir casas para alugar com o dinheiro do aluguel social proposto pela prefeitura e pelo governo do Estado. A área de 1,3 milhão de metros quadrados do Pinheirinho era ocupada ilegalmente desde fevereiro de 2004 Lucas Lacaz Ruiz/AE

Um comentário:

Unknown disse...

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