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sábado, 30 de março de 2013

Marco Feliciano é lembrado como Judas em protesto em Brasília

Os protestos pela permanência do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados continuaram neste sábado, 30 de março. Cerca de 50 pessoas se reuniram para malhar o Judas na Vila Planalto, bairro de Brasília próximo à Esplanada dos Ministérios. Neste ano, porém, o Judas, que simboliza o traidor de Cristo foi o pastor. "Neste ano não poderíamos falar de outro assunto", disse Leiliane. "Pensamos que ele (Feliciano) não é a pessoa adequada para estar na comissão. Boa parte da minha família é evangélica, mas não concordamos com a intolerância dele em relação à religiosidade. Também achamos absurdas suas posturas homofóbicas e racistas." O boneco de 1,55 metro, composto de ferro, papel reciclado, e vestido com roupas de brechó – camisa xadrez, calça e gravata verdes – foi amarrado a um poste da Praça Zé Ramalho, na Vila Planalto. Na fisionomia, uma foto impressa do rosto do pastor Marcos Feliciano. Os manifestantes bateram com pedaços de madeira nele, como manda a tradição. Além do boneco, também havia cartazes com os dizeres "Amaldiçoado é o seu preconceito"; "O deputado Marco Feliciano não representa do eleitores brasileiros. O Brasil é o país da diversidade. Respeite." Adepta da tradição há 50 anos, Leiliane Rebouças lembrou que, em 2010, a malhação de Judas tratou do escândalo da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o esquema de corrupção do governo do Distrito Federal, que tirou do comando do Executivo o então governador, José Roberto Arruda (hoje sem partido). No ano passado, o protesto foi pela má qualidade dos serviços de saúde pública. Mais protestos. O deputado federal Marco Feliciano também foi lembrado em outros lugares onde aconteceu a malhação do Judas (PSC-SP). Os mensaleiros também foram alvo de protestos. Em Franca, no interior paulista, houve malhação de Judas em vários bairros. Na rua General Carneiro, área central da cidade, a atividade ocorre há 58 anos. Tomás Tardivo, de 85 anos, criou a brincadeira no local e desde então muita gente se aglomera para malhar o boneco que depois explode. No tradicional "testamento", o Judas deixou este ano os seus restos para políticos famosos, como Feliciano, os petistas José Dirceu e José Genoino - condenados no processo do "mensalão" - e até a presidente Dilma Rousseff. "A gente sempre cita os políticos porque são eles que fazem o povo passar muita raiva", explica Tardivo. Segundo ele, os mensaleiros deixaram o povo indignado e a polêmica envolvendo Feliciano voltou a mexer com a paciência das pessoas. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara tem sido alvo de protestos por ter feito declarações consideradas por muitas pessoas racistas e homofóbicas. "Não poderíamos deixar passar despercebidos esses figurões", afirmou Tardivo. Ele confeccionou o boneco com roupas e artefatos doados por moradores da cidade, que aplaudiram a destruição do Judas.

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