A escola Unidos da Tijuca foi a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro. Ayrton Senna, o ídolo nacional da Fórmula 1, foi o grande homenageado. A vitória foi por apenas um décimo de diferença.
Para quem mora no Morro do Borel, comunidade onde a Unidos da Tijuca nasceu, foi um desfile perfeito. A Tijuca levou para a Sapucaí um enredo que fala de vitórias e homenageou um dos maiores ídolos do Brasil.
O tema que juntou velocidade e Ayrton Senna conquistou o público e os jurados, mas quem vive na comunidade reconhece que a escola venceu pela quarta vez graças à genialidade dos seus integrantes.
Se a comunidade exalta os talentos, a escola diz que a força está na comunidade. “A Tijuca tem defesa muito grande em todos os quesitos e uma comunidade que é diferenciada, que chega na avenida e quer ganhar”, relata o presidente Fernando Horta.
“Foi com muito amor e muito trabalho, muita dedicação, muita verdade e, acima de tudo, muita humildade. Eu to muito orgulhosa da minha família tijucana”, fala a rainha da bateria Juliana Alves.
A disputa foi acirrada com o Salgueiro, que chegou a liderar a apuração até o sétimo quesito. Só nas últimas notas, de bateria, que a Tijuca garantiu o título - com apenas um décimo na frente.
O enredo campeão começou com uma corrida maluca na comissão de frente. Tinha até uma réplica do carro que Senna usava. O desfile era cheio de alegorias vivas - marca registrada do carnavalesco Paulo Barros. A bateria nota dez de mestre Casagrande desfilou com mecânicos de macacão.
No último carro, a emoção de um pódio debaixo de chuva, como Senna fez tantas vezes. Parecia até um prenúncio da vitória. A quarta da história da Unidos da Tijuca, e a terceira sob o comando de Paulo Barros. “É a dedicação, o trabalho, o comprometimento da escola. Ninguém trabalha sozinho, então esse campeonato depende de muita gente.”
O segundo lugar ficou com a Salgueiro e o terceiro com a Portela. A Viradouro subiu para o Grupo Especiale a Império da Tijuca foi rebaixada para a Série A.
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