Dilma vê progresso em pactos lançados após protestos de junho

Kamilla Dourado, do R7, em Brasília

"Compromisso assumido tem que ser compromisso cumprido", diz Dilma Rousseff sobre pactos firmados em junhoRoberto Stuckert Filho/22.10.2013/PR

Durante sanção da lei que instituiu o programa Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff fez um balanço, nesta terça-feira (22), dos cinco pactos propostos por ela própria para responder às reivindicações das ruas após os protestos de junho.  

A presidente lembrou que, hoje, completa quatro meses que ela foi à rede nacional de TV para anunciar os pactos formulados depois de conversas com governadores, prefeitos, representantes dos Três Poderes e movimentos sociais.   

— Esses pactos convergiam com as grandes questões que precisavam da atenção do governo e do País. Essas propostas tinham a previsão de ações concretas. Nesses exatos quatro meses, o que propomos tem se tornado, progressivamente, realidade. Isso significa que compromisso assumido tem que ser compromisso cumprido.  

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Dilma disse ainda que o pacto da responsabilidade fiscal — a “mãe dos outros pactos” — vem sendo cumprido.  

— Mostramos que o Brasil passa por essa crise em uma situação especial. A inflação está sob controle.  

Sobre a reforma política, Dilma deixou claro que não desistiu de promover profundas mudanças no sistema eleitoral brasileiro.   

— Vou continuar a defender uma ampla reforma política, que aprimore as regras da representação e que se faça por meio da mais ampla representação popular.   

Quanto ao pacto da mobilidade urbana — assunto que foi o estopim para detonar as manifestações de junho —, Dilma disse que os investimentos em transporte público coletivo estão avançando.   

— Destinamos R$ 50 bilhões, além de R$ 90 bilhões que tínhamos para investir em metrô, para fazer integração.   

Ao falar sobre o pacto da educação, a presidente citou o leilão do Campo de Libra, na Bacia de Campos.    

— Este campo vai permitir, de fato, os grandes recursos para saúde e educação. O fundo social do pré-sal destina em torno de R$ 300 bilhões. Isso é algo absolutamente significativo para o Brasil. Transformam essas riqueza finita que é o petróleo em riqueza infinita que é dar educação ao povo brasileiro.  

A presidente encerrou pelo pacto que ela considerou o mais avançado — o da saúde. Para Dilma, a sanção da lei que institui o Mais Médicos foi um grande passo para a população.  

— O pacto que estamos tornando cada vez mais realidade é o pacto da saúde. Esse pacto, expresso no Mais Médicos, é também uma etapa para continuarmos combatendo a exclusão, que transforma o acesso ao médico.  

Segundo a presidente, desde o início do programa foram realizadas mais de 320 mil consultas, beneficiando cerca de 5 milhões de pessoas.